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Amaluna e a confecção de bioabsorventes: vamos juntas tecer novas formas de cuidado?

Oficinas com estudantes de escolas públicas ensinam a confeccionar absorventes ecológicos

Cuidado com o corpo e com a Terra. Com esse propósito, a Amaluna realizou, nos dias 14 e 15 de junho, mais uma edição da Oficina de Confecção de Bioabsorventes. Desta vez, o encontro ocorreu na Escola Municipal Teotônio Brandão Vilela, na cidade de Guaíba (RS), reunindo cinco professoras e 13 estudantes.

A iniciativa faz parte de uma série de ações que a Amaluna realiza em prol da dignidade e da educação menstrual – temática urgente e que precisa ganhar atenção de toda a sociedade. Leia mais sobre as ações da Amaluna para a dignidade menstrual aqui.

A ideia é conscientizar sobre o uso dos absorventes descartáveis, que geram lixo plástico que se acumula na Terra e polui as águas, deixando um grande problema para as gerações futuras. Também tem o propósito de contribuir com a autonomia de mulheres, ao ensiná-las a confeccionarem seus próprios absorventes ecológicos.

Feitos em tecido de algodão orgânico e uma camada impermeável, os bioabsorventes são reutilizáveis, absorvem a menstruação, evitam vazamentos e permitem que a vulva respire.

Roda de conversa, confecção e doação de Mandalas

O encontro teve início com uma roda de conversa conduzida pelas facilitadoras da equipe da Mandala Lunar, Ana Kern e Aline Flores. Elas trataram sobre o ciclo menstrual e as diferenças entre o absorvente industrial e o ecológico; sobre a importância da auto-observação do corpo e dos sentimentos, e sobre como a ampliação da conexão com nós mesmas é capaz de expandir a nossa forma de lidar com a natureza e com o universo ao nosso redor.  Neste momento, também ocorreu a doação das Mandalas para as participantes da oficina.

Em seguida, começaram os preparativos de desenho e corte para a costura dos bioabsorventes, conduzidos por Ana Kern – costureira e CEO da Positiva Lua, marca parceira da Amaluna. “Aos poucos, as meninas foram se aproximando e logo já estavam costurando, desenvolvendo e descobrindo habilidades”, conta Aline.

O segundo dia seguiu com o processo de costura e conversas sobre o uso, cuidados com limpeza e dicas de manutenção dos bioabsorventes. Você pode ler mais sobre como usar e conservar o bioabsorvente neste material educativo.

Interessadas, as estudantes fizeram comentários e trocaram informações sobre o corpo e o ciclo menstrual. “Ficamos emocionadas com o envolvimento delas, com os olhinhos interessados e brilhantes”, comenta Aline.

Fotografias de Aline Flores

Confira alguns depoimentos

“Participamos da oficina de bioabsorventes. Tanto a conversa sobre a necessidade de termos mais conhecimento e intimidade com o nosso corpo e os nossos ciclos, quanto a confecção, de fato, do absorvente foram momentos muito ricos. Foi possível perceber a interação delas, o quanto são acolhedores e benéficos esses momentos de trocas entre mulheres, passando conhecimento, trocando experiências e vivências. Construindo juntas novas possibilidades de cuidado. Só temos a agradecer!” – Ísis Ferrugem, professora.

Indique uma instituição

A equipe da Amaluna segue em contato com a Escola Municipal Teotônio Brandão Vilela bem como outras instituições para a realização das oficinas, com o intuito de contemplar ainda mais mulheres.  Se você conhece algum projeto com o qual podemos colaborar, preencha o formulário para indicação aqui.

Amaluna

A Amaluna é a área social da Mandala Lunar. Foi criada em 2021 a partir de um desejo de apoiar instituições, coletivos, organizações ou causas lideradas por mulheres negras, indígenas, camponesas e/ou periféricas em situação de vulnerabilidade social.

Parte dos recursos recebidos com as vendas da Mandala Lunar são destinados para mobilizações que atuam na promoção da segurança alimentar, educação, autonomia e dignidade menstrual e no combate à violência de gênero.

Saiba mais sobre as iniciativas da Amaluna.

1 Comentário

  1. Tamires

    17 de agosto de 2023

    Muito importante isso, deveria ser política pública educacional nas escolas de todo o Brasil

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