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Amazônia: o coração de Pachamama

Ilustração de Julia Vargas

Texto de Trinidad Aguilar

Como mulheres acordadas e de coração bondoso, nós sentimos neste tempo, uma enorme dor, pelo que acontece na Amazônia e em todas as geografias da amada Pachamama e, em especial, com tantas de suas criaturas de inocência que hoje sofrem e morrem em solidão e esquecimento.  Porém, essa dor, como um murmúrio incessante, nos impulsa a defender a nossa Mãe, a sentir indignação quando as formas violentas do mundo querem fazeê-la uma escrava e de nós, humanos, umas máquinas.  

Para ouvir esse clamor, Pachamama nos pede para ter a chama do nosso carinho por Ela sempre acesa, como um fogão dentro do peito que não se extingue. Sem esse amor, nossa luta pela Terra e pela Amazônia se reduziria a um compêndio de ideologias ou a um gosto narcisista e passageiro.  Não teremos saúde, nem paz, nem alimento, nem água, nem arte, NADA, se a grande rede de beleza e inteligência planetária continuar sofrendo. A dor de Pachamama é tua, minha, nossa. A Amazônia é o CORAÇÃO da Grande Mãe, ela é nossa casa, nosso alento, o útero verde e úmido de onde a vida nos cuida e se prolonga. Por isso, qualquer pessoa, sem importar de que cidade ou país seja, com que gênero, idade ou espiritualidade se identificar, pode se perguntar: qual é meu papel neste momento? Como posso ajudar a Pachamama e a Amazônia? 

Todas nós temos uma suprema importância neste grande jogo de cuidar da Vida e lutar por ela. Todos os dias, como uma prece, como uma forma de te encontrar nela, podes te perguntar como amá-la mais e como plasmar em atos inspiradores esse amor, de forma que abrigue muitas pessoas, seres e redes que estejam na tua volta. 

Cada uma de nós pode dedicar um pouco de seu tempo e seus recursos para ajudar a todos os seres que moram na Amazônia. Se és cantora, canta sobre ela. Se és escritora, escreve. Se és tecelã, tece sobre ela. Use tua voz para dar voz a Ela e para denunciar as injustiças a que Ela está submetida.

Os mistérios femininos, que têm sido revelados para nós mulheres nestes tempos e que vêm sendo expressados em projetos tão belos como a Mandala Lunar, têm um fim cósmico. Eles fazem parte de um Grande Mistério maior, de uma revolução planetária que está tentando, desde a delicadeza e a compreensão, manter o amor e a vida no coração de todos os seres e assim vencer o egoísmo e a falta de liberdade que todas nós hoje sofremos. Acorda! 

Este é o momento de fazermos história, de compartilharmos nossas potências, de cumprir o destino de nossas almas. Não falta nada em ti, para que sejas uma guardiã da terra e da Amazônia. O que tens, o que sabes é suficiente e belo para ajudar. Nenhum ativismo pela vida é pequeno!

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