Entender-nos e aceitar-nos como parte da natureza é um passo fundamental na nossa saúde e bem viver. Olha, veja só, ninguém quer que a flor nasça no inverno, ninguém espera frio no verão: os desafios com o ciclo menstrual — desde as dores, inchaços, irritabilidade pré-menstrual até as cólicas — têm origem na arritmia com nosso ciclo natural. Então, para facilitar a vida de toda mulher, precisamos de EDUCAÇÃO MENSTRUAL. E bora lá pensar essas fases do ciclo na natureza fora e dentro do corpo feminino.
Vamos começar do período ovulatório, o CIO DA GATA!
Qualquer pessoa que convive com animais, sejam gatos e cachorros, sejam animais selvagens, sabe exatamente sua fase de cio: o cio da gata é evidente, não é? O cio da cachorra também! Quem é do interior, do mato, da roça, também nota os cios dos animais selvagens: da onça, que exala um cheiro inconfundível nas matas, e percebe até a época de reprodução das cobras. Sabemos também quando plantar uma semente, o cio da terra. O CIO É UM EVENTO ESPETACULAR E MUITO PURPURINADO em todo o reino animal e vegetal, impossível passar despercebido.
Pois bem, na cultura popular, o período fértil é literalmente chamado de “fogo no c*”, e tem uma razão científica para isso — a sabedoria popular nunca erra. O estrogênio, que predomina na primeira fase do ciclo e tem seu pico de produção no período fértil, aumenta gradativamente a temperatura corpórea, gerando mais calor interno. Ele age nos neurotransmissores de serotonina e dopamina como um neuromodulador, o que significa que ele faz a gente ficar mais legal e também deixa a gente mais inteligente, porque age nas sinapses neurais facilitando o aprendizado e diminuindo o estresse oxidativo. O estrogênio, literalmente, aumenta o “fogo no c*”, ou a vontade de viver!
Além de afetar a elasticidade de peles e cabelos e a tonicidade muscular, esse hormônio também afeta a distribuição de gordura, especialmente nos quadris e mamas, o que faz com que, no período de predominância estrogênica, fiquemos com curvas mais acentuadas: sim, ficamos mais gostosas no período fértil. E ainda tem a lubrificação… Com tudo bem lubrificado, não só a vulva, mas todas as articulações, é hora de se colocar em movimento, de dançar, de se exercitar. Fase ideal para se alongar bastante, fazer exercícios de força, exigir muito do seu corpo, que está no auge — e, se você é dona da sua agenda, esse é um bom momento para os compromissos mais importantes, ou para um date! Não aproveitar esse momento de expansão, não brilhar como lua cheia ou não aquecer como no verão pode gerar em nós uma arritmia e, na próxima fase do ciclo, isso vai vir à tona.
Entender e aceitar-nos como parte da natureza é um passo fundamental na nossa saúde e bem viver. Olha, veja só, ninguém quer que a flor nasça no inverno, ninguém espera frio no verão: os desafios com o ciclo menstrual, desde as dores, inchaços, irritabilidade pré-menstrual e cólicas tem origem na arritmia com nosso ciclo natural. Então, para facilitar a vida de toda mulher, precisamos de EDUCAÇÃO MENSTRUAL. E bora lá pensar essas fases do ciclo na natureza fora e dentro do corpo feminino.
Vamos começar do período ovulatório, o CIO DA GATA!
Qualquer pessoa que convive com animais, sejam gatos e cachorros ou animais selvagens, sabe exatamente sua fase de cio: o cio da gata é evidente, não é? O cio da cachorra também! Para quem é do interior, do mato, da roça, também notamos os cios dos animais selvagens, da onça que exala um cheiro inconfundível nas matas e até a época de reprodução das cobras.- Sabemos também quando plantar uma semente, o cio da terra. O CIO É UM EVENTO ESPETACULAR E MUITO PURPURINADO em todo reino animal e vegetal, impossível passar despercebido.
Pois bem, na cultura popular o período fértil é literalmente chamado de “Fogo no C*”, e tem uma razão científica para isso – a sabedoria popular nunca erra. O estrogênio, que predomina na primeira fase do ciclo e tem seu pico de produção no período fértil, aumenta gradativamente a temperatura corpórea gerando mais calor interno. Ele age nos neurotransmissores de serotonina e dopamina como um neuromodulador, o que significa que ele faz a gente ficar mais legal e também deixa a gente mais inteligente, porque age nas sinapses neurais facilitando o aprendizado e diminuindo o stress oxidativo. O estrogênio, literalmente, aumenta o “fogo no cu”, ou a vontade de viver! Além de afetar a elasticidade de peles e cabelos e a tonicidade muscular, esse hormônio também afeta a distribuição de gordura especialmente nos quadris e mamas, o que faz com que no período de predominância estrogênica fiquemos com curvas mais acentuadas: sim, ficamos mais gostosas no período fértil. E ainda tem a lubrificação… Com tudo bem lubrificado, não só a vulva, mas todas as articulações, é hora de se colocar em movimento, dançar, se exercitar. Fase ideal para se alongar bastante, fazer exercícios de força, exigir muito do seu corpo que está no auge – e se você é dona da sua agenda esse é um bom momento para os compromissos mais importantes, ou para um date! Não aproveitar esse momento de expansão, não brilhar como lua cheia, ou não aquecer como no verão, pode gerar em nós uma arritmia e na próxima fase do ciclo isso vai vir à tona.

E, como depois de todo auge, há o declínio, o pico estrogênico dá espaço para a progesterona na fase lútea, ou pré menstrual. Hormônio antiansiolítico, a progesterona se liga ao receptor GABA e induz o sono, com efeito hipnótico e profundamente relaxante — é nessa hora que a excitação dá lugar ao colchão, sofá, filminho, escalda-pés — exercício de mobilidade para o corpo e manualidades para relaxar a mente são as mais indicadas. A progesterona, que prevalece na segunda fase do ciclo (depois da ovulação até a menstruação), é responsável pela calcificação dos ossos e, simbolicamente, pela firmeza do nosso corpo. Ela melhora a habilidade de tomar decisões, aguça a memória e, portanto, é na fase lútea (ou pré-menstrual) a hora certa de dar aqueles limites, de dizer não.
No patriarcado capitalista do mundo moderno, esse momento é chamado de “tensão pré-menstrual”, um momento de estresse. Mas, impossibilitadas de descansar e forçadas a sempre dizer sim e sorrir, a mulher afetada pela progesterona se torna ranzinza, chata, nervosa — e isso não é culpa dos hormônios, é culpa do sistema. Dá uma xícara de chá, uma noite bem dormida, um escalda-pés e uma massagem pra essa mulher e depois nos conta se esse tal estresse ainda prevalece. Essa é a lua minguante ou o outono da mulher, não se espera que a natureza floresça no outono e também não deveríamos esperar do corpo feminino a mesma disponibilidade que temos no período ovulatório durante a fase pré-menstrual.
E então, depois da fase com a dominância de progesterona, ela também chega ao seu fim. Com a queda da progesterona, vem a menstruação — o sangue que flui de nós para a Terra assim como a seiva das árvores escorre para as raízes na lua nova e os animais se escondem no inverno. O período menstrual nos leva a um momento de interiorização — menstruar é um sinal vital, mulheres saudáveis em idade fértil menstruam. Assim como qualquer evento fisiológico, esse momento nos pede cuidado e atenção. Quando você vai fazer xixi ou cocô, isso exige de você presença, recolhimento e a higienização adequada, certo? A menstruação pede o mesmo, e não costumamos sair por aí dizendo que “odiamos fazer xixi e cocô”, afinal, é sinal de saúde — então por que odiaríamos menstruar? (exceto se sentimos dores incapacitantes, pois elas indicam que há algo que devemos investigar, e não naturalizar como algo normal e parte de menstruar — inclusive temos um post no blog sobre isso, chamado “É comum sentirmos dor na menstruação?”).
Menstruação pede silêncio, recolhimento, atenção ao corpo: bolsa de água quente, celular desligado (ou pelo menos Instagram desinstalado). Comidas de fácil digestão são fundamentais, a energia metabólica está direcionada a essa renovação e não está muito disponível para digerir uma pizza ou um hambúrguer, então prefira sopinhas quentinhas e uma rotina mais relax — tá tudo muito bem pular dois ou três dias de atividades físicas intensas e dar lugar a alongamentos leves e profundos —, isso vai garantir um rendimento muito melhor nas atividades ao longo do próximo ciclo. É hora de se deitar de conchinha, virar semente que no tempo certo BROTA!

E, se você viver seu verão, seu outono e seu inverno, é inevitável que venha a PRIMAVERA. Depois da menstruação, vem sempre o período pré-ovulatório, a fase que o estrogênio vai ressurgindo, crescendo e aos poucos a empurrando pra fora da casca — é a hora de começar aquela aula de … [adicione aqui qualquer atividade física, dança, luta ou arte] que você não vai continuar, é hora de comprar aquela roupa que você nunca mais vai usar, é hora de marcar aquele date do qual você vai se arrepender e pensar: nada a ver essa pessoa, kkk. As primeiras fases do período estrogênico do ciclo nos deixa empolgada, até demais; animada, até demais; bem humoradas, até demais! E tá tudo bem, a primavera é assim: florida, colorida, alegre, mas fugaz. Aproveite esse período para fazer algo que nunca fez, explore as possibilidades do seu corpo de brincar — plantar uma bananeira, dançar estranhamente, fazer uma trilha difícil: se joga!
Existe um exercício de autoconhecimento muito potente que, aliado à Mandala Lunar, pode ajudá-la a compreender suas estações internas: escolha um local bem iluminado, se posicione e tire uma foto/selfie na mesma posição, na mesma hora do dia, sem maquiagem, sem filtro, 1 foto em cada fase do ciclo menstrual, depois compare e perceba como somos primavera, verão, outono e inverno em apenas 1 mês!
Texto de Bárbara Ferreira – Erveira, Educadora e Cuidadora (@barbara.f.erreira)
Artes de Jaya Cósmica para a Mandala Lunar 2025